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Valor total da unidade de fibra óptica da Oi passa de R$ 22,5 bi

Imagem: Banco de Imagens
Imagem: Banco de Imagens

A Oi soltou comunicado ao mercado nesta quarta-feira, 17, no qual esclarece detalhes da venda da InfraCo, a empresa que será criada para deter toda a rede óptica (de transporte e acesso) do grupo. Conforme a nota, serão vendidas 51% das ações ordinárias dessa empresa, podendo a participação representar entre 25,5% e 51% do capital total da InfraCo. Além disso, serão vendidas ações preferenciais.

Ou seja, o valuation da InfraCo é maior que da unidade móvel, uma vez que o comprador do controle da rede óptica deverá pagar ao menos R$ 6,5 bilhões pelo controle. Considerando o capital total, o valor de mercado da empresa seria de no mínimo R$ 22,5 bilhões. A Oi Móvel, por sua vez, terá preço mínimo de R$ 15 bilhões. Tanto a InfraCo, quanto a Oi Móvel, passarão por leilão.

Essa estimativa de valor ainda pode variar, como explica a companhia: “A Oi ajustará, como previsto no Aditamento, a divisão do capital total de SPE InfraCo entre ações ordinárias e preferencias com base nas avaliações adicionais em desenvolvimento como parte da sondagem de mercado em realização por seus assessores financeiros para a alienação parcial em referência”.

Vale lembrar que a Oi seguirá com participação relevante na InfraCo, como explicou ontem o CEO da operadora, Rodrigo Abreu.

Obrigações
O comprador da InfraCo também terá de assumir compromissos com a Oi S.A., uma vez que esta empresa dependerá da infraestrutura que vai trocar de dono. Os compromissos preveem liquidação de dívida extraconcursal de R$ 2,4 bilhões em favor das recuperandas em no máximo três meses depois de transferido o controle da InfraCo. Além disso, a empresa de infraestrutura terá de obedecer integralmente o plano de investimento traçado até 2024. A Oi não detalhou o plano, mas diz que ele será mostrado a todos os interessados em adquirir o controle da empresa.

“Essa garantia deverá se dar através de um aporte de capital de até R$5 bi no momento do fechamento da operação e/ou da obrigação do investidor em fazer aportes adicionais na companhia tempestivamente entre o fechamento e 2024 (e limitados à diferença entre o valor aportado e o valor de R$ 5 bilhões) caso a companhia não seja capaz de cumprir com as obrigações pactuadas”, acrescenta a Oi no comunicado distribuído à CVM.

fonte: Telesíntese, escrita por Rafael Bucco