5G facilitará uso de inteligência artificial na medicina e na indústria
Segundo o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Igor Calvet, a tecnologia 5G pode mudar a produção industrial no Brasil, além de permitir que mais empresas nacionais ingressem na Industria 4.0. Atualmente, apenas cerca de 10% das empresas são consideradas integradas à quarta revolução industrial. A afirmação foi feita durante o evento digital O que o Brasil tem a ganhar com o 5G?, realizado nesta quarta-feira (9/12), pelo Correio Braziliense.
A live também teve a participação do presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Leonardo de Morais, e do diretor de soluções da Nokia para a América Latina, Wilson Cardoso.
Além da velocidade que a conexão 5G vai permitir aos smartphones, a aposta da tecnologia é no campo da produção industrial. A nova conexão vai permitir avanços que podem atingir áreas da agricultura, educação, medicina e produção industrial, como foi debatido no Correio Talks desta quarta.
O presidente da ABDI, Igor Calvet, ressaltou que o mundo está passando por um "reenquadramento das atividades produtivas" e que "todas as atividades produtivas têm sido alteradas, enormemente, pela adoção de novas tecnologias", disse. Ele ainda explicou, durante o debate, que a tecnologia 5G vai permitir explorar novos campos que permitam avanços tecnológicos nunca vistos antes. "O 5G é a tecnologia que chamamos de tecnologia habilitadora porque vai nos permitir, através das suas características, saltos de produtividade e de eficiência", pontuou.
Realidade aumentada
Segundo ele, o 5G vai permitir, através da velocidade e baixa latência, avanço em atividades que envolvem realidade aumentada, Inteligência Artificial e conectividade integrada com a Internet das Coisas (IOT - Internet of Things). Assim como o 4G expandiu o funcionamento e desenvolvimento de novas atividades, como o Uber, o 5G promete ir além, destacou.
O seu desenvolvimento na agricultura, pode permitir alta precisão para o momento de semear e o de colher, assim como aumentar a produtividade nas indústrias na cidade grande. Na medicina, a alta precisão e velocidade que o 5G oferece podem permitir uma cirurgia feita por um médico, em um outro país, realizada por um robô, apontou. Calvet ainda reforçou que seu poder disruptivo depende de uma menor regulação para "que não só os consumidores, mas também as empresas, aproveitem ao máximo essa tecnologia".
fonte: Correio Braziliense, escrita por Carinne Souza (supervisionado por Andreia Castro)