Estagflação: conheça o maior risco para a economia
Um termo um tanto estranho para os mais novos, mas conhecido de quem viveu os anos 1970, estagflação une os termos estagnação e inflação. Estagnação é quando a economia não cresce, o que é verificado quando o PIB (Produto Interno Bruto) do país é muito pequeno ou negativo. Inflação é o aumento dos preços de bens e serviços, que compromete o poder de compra. Com cenário de guerra e pandemia, a estagflação volta a rondar a economia.
Sobre o aumento dos países, o FMI já reduziu este ano a previsão de crescimento global, que caiu de 4,4% para 3,6%. Já a estimativa de crescimento do PIB brasileiro para 2022, segundo o governo, é de 2,5%. No Brasil, a inflação acumulada nos últimos 12 meses (até abril) foi de 12,13%. Tanto a inflação como a estagnação econômica afetam o dia a dia das pessoas, pois influenciam na taxa de emprego, salários e poder de compra.
Como a inflação afeta os consumidores no Brasil
A inflação tem relação direta com o PIB, explica Ricardo Balkins, Sócio-líder de Consumer da Deloitte: “A gente sabe que o crescimento da economia é ligada ao PIB, a soma das riquezas, que é o consumo, então se você tem uma perspectiva de inflação alta, no meu entendimento você não pode esperar crescimento do PIB, porque as pessoas teoricamente não vão comprar.”
A cada mês, a empresa de consultoria divulga o “Deloitte Global State of the Consumer Tracker”, que aborda tendências em segurança, bem-estar financeiro, apetite para o consumo, entre outros temas.
De acordo com o levantamento mais recente, divulgado em maio, a inflação resultou em aumento na participação dos gastos essenciais como habitação e alimentação, sobre os gastos totais das famílias.
Como uma coisa precisa compensar a outra para fechar o orçamento, o aumento de custos impactou, entre as pessoas de baixa renda, os gastos direcionados a recreação e lazer e a capacidade de poupança e investimento.